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Pluralidades e preconceitos: Reflexões possíveis a partir do filme Bacurau

  • Foto do escritor: Alexsandra Maffei
    Alexsandra Maffei
  • 30 de out.
  • 1 min de leitura

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Peguei-me a pensar sobre isso ao observar a pluralidade em que o Porto se vem tornando. A massa agora é diferenciada: há muitos migrantes que, pela expressão da sua cultura e/ou religião, pelo tom da pele e pela forma de falar, não se escondem, não se camuflam.

Com isso, observo e escuto expressões de desconfiança, desconforto e, em algumas situações, até de medo.


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Medo de perder o meu lugar ao sol para o diferente. Medo de que esse outro seja mais violento do que eu. Torno-me violento quando olho para alguém e julgo que ele ou ela, por ser diferente de mim, é alguém selvagem.


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A migração é um direito de todos — de todos, menos...

Alguns têm passe ou aceitação livre, porque nasceram em regiões privilegiadas e podem pagar para entrar e permanecer onde quiserem. Portanto, não são considerados selvagens.

Selvagens são aqueles que lutam desesperadamente por condições melhores, e que têm tatuado na pele, na forma de se vestir ou na sua etnia: PERIGO.

É gente! Gente que nasce em Bacurau, mas quer viver em Portugal ou em qualquer outro lugar.

Há quem pense e diga: a criminal

idade aumentou com esses migrantes. E o que fundamenta os seus pensamentos ou discursos são notícias parciais, fragmentadas e, muitas vezes, falsas, recebidas diretamente no telemóvel, no perfil. Ainda que as pesquisas e os estudos científicos não estabeleçam essa relação.

Deixo aqui algumas indicações de leitura:

Imigração e criminalidade: os factos de uma ideia fixa

Municípios com maior peso de imigrantes têm menos criminalidade

 
 
 

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